Estamos habituados a pensar no papel de parede para decorar todos os tipos de ambientes, estes estão feitos de varias formas e com diversas tecnologias. Mas o que muito poucos sabem, é a sua origem e percurso, até chegar aos dias de hoje, como um material imprescindível.
O papel de parede têm a sua origem na China, onde se aponta para o seu aparecimento 200 antes de Cristo. Era produzido apenas com papel de arroz, sendo totalmente branco e era usado apenas como revestimento, e não como um elemento decorativo.
Um pouco depois aparece o pergaminho vegetal, que possibilita a introdução de cores e desenhos, aumentando o seu potencial, como material decorativo.
Primeiro, o papel de parede era pintado à mão por artistas artesãos e só depois surgem os carimbos ou moldes de madeira, adornados com desenhos e padrões para estampar no papel. Apesar da evolução o papel era um luxo que apenas as grandes famílias, Reis e Imperadores podiam adquirir.
Só no século XVI começam a chegar à Europa alguns papéis de parede por intermédio de comerciantes árabes, e começam a substituir alguns tecidos na decoração. No principio eram apenas copias de papéis chineses e por isso ficaram com o nome “Chinoisserie”.
Após um tempo, artesãos europeus começaram a investir na produção de desenhos próprios, tornando as ilustrações mais ricas e elaboradas, com personalidade própria. O papel de parede fazia muito sucesso na Europa, porém o ritmo de produção ainda era muito lento.
Algum tempo depois os artesãos europeus puseram mão à obra e começaram a fazer a suas próprias produções, aumentando o valor do material, já que os desenhos eram mais elaborados e ricos com uma presença nunca vista. Apenas neste momento o papel de parede começa a ser muito procurado, mas com pouca oferta devido aos métodos arcaicos de produção.
A primeira fábrica de papel foi inaugurada em 1630 em França, de seu nome Papel-Toutisses.
45 anos depois o papel de parede começou a ser impresso com o método das gravura: utilizavam-se blocos de madeira, desta forma os papéis tornaram se mais coloridos porém mais baratos, aumentado assim o mercado e a sua procura.
Uma grande revolução para a indústria do papel de parede ocorreu em 1814, quando foi criada uma máquina de impressão que aperfeiçoava o processo de fabricação e trazia uma técnica inovadora: flocos de algodão eram colocados sobre a tinta ainda fresca, criando um papel de parede com relevo.
A revolução industrial veio mudar o “jogo”, quando foi criada uma máquina de impressão com uma técnica inovadora, pedaços de algodão eram colocados sobre a tinta ainda fresca, criando um papel de parede com relevo.
Papel de parede em Portugal , só em 1798 Francisco Joaquim Moreira de Sá prepara a construção da fábrica de papel da Cascalheira junto ao rio Vizela que só em 1802 se concretizou ensaiando então o fabrico de papel com a massa de madeira sob a orientação do inglês Thomas Bishop.
Infelizmente esta iniciativa não sobreviveu ao período conturbado das invasões francesas, que obrigaram Moreira de Sá a emigrar para o Brasil em 1808.
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